quinta-feira, 24 de março de 2011

Anjos Caidos






Onde eu cai?




Num mundo que não sou entendida!




Num espaço que já não é mais meu!




Num lugar que não me encontro mais




Já não sou mais ouvida




Já ninguem mais me entende




Já não há nada aqui que me faça sorrir




Que me faça ter garra




As asas estão quebradas




Já não posso voltar a voar




A espada com que lutava perdeu o fio




Como posso eu lutar contra tudo?




Tento não desistir mas a escuridão é maior




Todos os pavores desaparecem




Os medos já não me elouquecem




Apenas sinto os tremores




As sombras cada vez mais constantes




Sentem se, manifestam se, fazem se ouvir




Que anjo caido pode superar




tal sombra carregada de demonios?




E feridas que não saram?




Que voltam a cada noite?




As lágrimas...




Essas são laminas afiadas...




Cortam por onde passam e não secam




E o olhar?




Já não é mais doce ou terno




Mas sim odioso




Fulminante de desprezo pela raça que se diz humana




Anjo, que tudo fizeste para mudar o mundo




Mas tuas palavras foram simplesmente




Esquecidas




Rasgadas




Ignoradas




Agora!!!




Agora Anjo caido




Deixa os ser levados




Por todos os males que fizeram




Por todas as mortes que causaram




Seus demonios se ocuparam




Desses que se julgaram humanos




Só ficam os que em ti sempre acreditaram





Se falhei peço perdão






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