domingo, 8 de maio de 2011

Lagrimas Escondidas


Descalça ando pela casa

e ao pisar cada taco de madeira já gasta e velha pelo tempo

tão velha quanto eu

o seu ranger quebra o silencio em sintunia com o meu respirar

selussante , ao encobrir cada lágrima que jurei não brotar mais do meu olhar.

Acendo mais um cigarro o engulo mais um trago de vinho

junto da janela

Observo o negro da noite, tão negra quanto o meu sentimento

Esperando uma resposta de mim mesma

mas tal confuso está o meu ser, que apenas o silêncio se faz ouvir.

Noites em branco, sonhos cada vez mais estranhos

cada vez mais confusos, ilusões diárias, vozes vindas não sei de onde

me acompanham durante o dia.

A necessidade de me alimentar não existe

Caminho sem razão de parar por um momento

São lágrimas escondidas que sinto

mas que por alguma razão não se vêm

Meus olhos já não deitam lágrimas

secaram.

Mais um trago de vinho e penso estar a alucinar

mas talvez não...

São teus olhos postos em mim que vejo

é teu suave aroma que sinto...

Quantas mais tormentas terei eu que passar

até este pesadelo ter fim?

Que maldição é esta ?

Porque entendo todos e ninguém me entende?

Quem sou eu?

 Me pergunto ...

Apenas posso dizer

Sou como sou

Um ser sonhador até ao fim

pois quando um dia deixar de sonhar

deixarei o mundo dos mortais .

E mesmo assim , será o meu fim?

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