terça-feira, 15 de março de 2011

Canto mudo

Como um passaro preso
por correntes fortes
espinhos ou garras afiadas
De asas cortadas
não há passaro que vôu

As folhas secas caiem
as ervas sem vida murxam
Os passaros presos não cantam
Os lobos selvagens ja não uivam
Os riachos secam
Tudo se apaga com o escuro
Apenas saltam os guinchos
Do passaro mudo
Quem te prende afinal
A tamanho tormento
Meu coração está preso
É este o meu lamento
Posso ter asas para voar
Posso ter voz e saber cantar
Mas não tenho quem me escute
Para meu canto ouvir cantar

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